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ROBERTO VASCO GONÇALVES

( BRASIL – ESPÍRITO SANTO )

Roberto Vasco Gonçalves  é natural de Anchieta, Espírito Santo, radicado em Vitória (ES).
Poeta, historiador, pesquisador, cordelista.
Bacharel em Administração, escritor dom 10 livros e 15 cordéis (em 2024) publicados.
Secretário Geral da ACLAPCTC, acadêmico da ACALEJES, da ALVV, Membro da IHGES e de outras academias do Espírito Santo e Brasil.
Títulos de Comendador e Dr. Honoris causa.
Participa de várias antologias.

ANTOLOGIA DE ACLAPPTCTC Neotrovismo 44 anos. Clério José Borges, Org. Rio de Janeiro: Taba Cultural, 2024.  226 p.  ISBN 978-65-01-00460-0  No. 10 363
Exemplar da biblioteca de Antonio Miranda

TEU SORRISO

Amo o teu sorriso meigo e feliz,
Porque o coração também sorri,
quando ao real sentimento condiz..

Não é aquele sorriso: “diz: giz”,

feito para a foto, como se diz,
mas, a beleza que pousou ali,
pois sendo autêntica, não contradiz
a felicidade dentro de ti.

No contorno dos lábios, sem malícia,
rubro e sensual sorriso de mulher,
transparece em ocasião propícia,

sem perder o recato que requer.
Um sorriso lindo, com dignidade,
eu sempre denota felicidade!

11/01/2024

 

            FLAMBOYANTA FLORIDO

Raramente encontrado na cidade,
magnífico arvoredo resistiu,
a fúria daninha da humanidade:
ocultou-se, talvez e ela não viu.

A energia da musa, na verdade,
a existência perene permitiu.
Grato por tanta solidariedade,
numa profusão de cachos, floriu!

Pelo início do verão, verdejante,
exibindo uma copa flamejante,
e exalando das flores a fragrância,

comunica aos humanos a importância
e a seriedade da preservação,
dádiva da musa, nobre lição!

12/01/2024

POETAS E ESCRITORES BRASILEIROS. Antologia. Clério José Borges (Org.)   Vitória, Espírito Santo.  Editora Canela Verde, ACLAPTCTC, 2020.  290 p. ilus.
ISBN 978-65-991059-9-0-6     No. 10 898
Exemplar da biblioteca de Antonio Miranda

HAICAI

Garoa caída
São as lágrimas de outono
No acaso da vida.


Bela primavera
Floriu o verdejante campo.
Uma doce quimera.


Doce primavera
O jardim está florido
A quietude impera

Tórrido verão
Que vivi na primavera
Da vida de então.


ALDRÁVIAS

Sorrisos
De
Rosas
São
Puros
Enigmas

Meus
Amores
Teus
Favores
Nossas
Dores


Os
Rios
Também
Nascem
Das
Pedras

 

 

As
Rosas
Suscitam
Júbilos
E
Lágrimas


Maré
Cheia
Sem
Sereia
Só
Areia


TROVAS

Um poeta rima. Ao luar:
Lua cheia, mas, alma vazia,
Um poema que não sacia,
Sua grande sede amar.


Nos campos de luta enfim
Hei de encontrar um jardim
Onde uma bela açucena
Me diga: amar vale a pena.


O amor é sempre infinito,
Porém, cabe inteiramente
No lapso de um beijo ardente,
Da sedução sem conflito.               


O tempo fecha a ferida,
Começam os dias felizes,
Douram as faces da vida,
Mas ficam as cicatrizes.


Nunca percebe em boa hora
um incauto cheio de si
Que as vezes o peito chora
Enquanto a boa sorri


Eu jurei te esquecer,
Não consegui pôr um fim.
Um anjo no alvorecer,
No crepúsculo de mim


SONETO
AURORA BOREAL

Um hálito boreal que penetrante,
entranha fundo, no âmago d´alma.
A geleira na tormenta intrigante,
desagrada farpas, causando trauma.

O solitário Iceberg segue errante,
ocultando o rastro, que então espalma.
Oculto pelas águas segue adiante,
o rumo que o acaso traçou com calma.

Mar, Atmosfera, bonança e tormenta,
águas revoltas, que em vagas açoitam
o flanco do incauto, que ao navegar,

não se ateve ao risco que representa,
Os sargaços espessos que se amoitam,
na cordilheira submersa no mar.

*
Página ampliada em outubro de 2025.

*
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http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/bahia/bahia.html

Página publicada em abril de 2025.